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Em vídeo, Bolsonaro pede desculpas para venezuelanas e critica uso político de declaração

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Foto: reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou um vídeo com um pedido de desculpas para as menores venezuelanas por suas declarações que, segundo ele, foram tiradas do contexto e usadas politicamente por militantes de esquerda. Na gravação, feita na segunda-feira (17), o presidente da República aparece ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e da embaixadora da Venezuela no Brasil, Maria Teresa Belandria, nomeada pelo governo de Juan Guaidó.

O vídeo faz parte da estratégia da campanha do Bolsonaro para a contenção de danos causada pela repercussão gerada pela fala do candidato à reeleição de que “pintou um clima” com venezuelanas menores de idade que moram nos arredores de Brasília. O PT associou Bolsonaro ao crime de pedofilia.

Na gravação, divulgada nesta terça-feira (18), Bolsonaro cita a ação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que proibiu o PT de explorar politicamente sua declaração. “Prezadas irmãs e irmãos venezuelanos, estamos indignados com as últimas ações de alguns militantes de esquerda que, sem nenhum pudor, estão pressionando mulheres venezuelanas a fim de obterem vantagem política nesse momento”, diz o presidente.

“Mesmo depois da decisão do TSE, tomada em função da mentira que vinha sendo veiculada sobre minha pessoa, esses inomináveis agora dirigem seus ataques contra essas mulheres. As palavras que eu disse refletiram uma preocupação da minha parte no sentido de evitar qualquer tipo de exploração de mulheres que estavam vulneráveis”, afirma Bolsonaro.

Em seguida, o presidente cita a visita da ex-ministra da Família, Damares Alves, na região. “A dúvida e a preocupação levantadas foram quase que imediatamente esclarecidas na época pela nossa ministra da Mulher, Damares Alves, que foi ao local e constatou que as mulheres citadas na live eram trabalhadoras. Minha esposa Michelle, a senadora eleita Damares e a embaixadora da Venezuela estiveram hoje com essas senhoras para prestar seu apoio e constataram que elas estão reconstruindo suas vidas no Brasil. Elas, inclusive, ajudam outras venezuelanas refugiadas a encontrarem uma profissão”, destacou Bolsonaro.

“Se as minhas palavras, que por má-fé foram tiradas de contexto, de alguma forma foram mal entendidas ou provocaram algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas, peço desculpa, já que meu compromisso sempre foi o de melhor acolher e atender a todos que fogem de ditaduras pelo mundo”, afirmou o presidente no vídeo.

Em seguida, a primeira-dama Michelle Bolsonaro afirma que o Brasil tem o dever de ajudar os refugiados e cita as ações do governo nesse sentido. “E a Operação Acolhida é o melhor programa de atenção aos migrantes e refugiados da América Latina. Hoje moram em nosso país mais de 375 mil venezuelanos. Como um país cristão, devemos acolher ao próximo. A nossa nação cuida e abraça a todos. Agradecemos especialmente a nossa querida embaixadora da Venezuela, Maria Tereza Belandria pelo seu excelente trabalho”, diz Michelle.

A Gazeta do Povo procurou a assessoria da embaixadora da Venezuela no Brasil para buscar detalhes sobre a participação de Belandria na gravação, mas até o fechamento dessa matéria não houve o retorno. O espaço permanece aberto e será atualizado em caso de resposta. (Gazeta do Povo)

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