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Bolsonaro critica pesquisas e diz ter “confiança total” da vitória no 2º turno

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Foto: reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez críticas às pesquisas eleitorais, que, para ele, ficaram “desmoralizadas”, após a totalização dos votos no primeiro turno das eleições – ele recebeu mais votos do que os institutos de pesquisa apontaram na véspera. Em entrevista na noite deste domingo (2) a jornalistas do lado de fora do Palácio da Alvorada, o candidato à reeleição se mostrou seguro quanto à possibilidade de sair vitorioso no segundo turno e também disposto em dialogar com outros candidatos e partidos políticos.

Na conversa com os jornalistas, Bolsonaro não se mostrou efusivo em relação ao resultado do primeiro turno. O presidente foi o segundo mais votado, com 43,22% dos votos válidos. Porém, ele demonstrou satisfação ao comentar os resultados obtidos por aliados de partidos de sua base política, sobretudo de seu partido, o PL.

O presidente também deu sinais de como ele pretende reverter o quadro no segundo turno e vencer Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Bolsonaro, vai apostar bastante no discurso econômico e sobre realizações do governo, sobretudo as adotadas para mitigar os impactos da pandemia da Covid-19 e da guerra na Ucrânia. O objetivo é convencer as pessoas que tenham perdido o “poder aquisitivo”.

A despeito de não ter questionado as urnas, Bolsonaro não deixou de criticar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, a quem ele culpa ter feito oposição contra a aprovação da PEC do voto impresso auditável no Congresso.

Questionado sobre a hipótese de composição política com os presidenciáveis Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), que ficaram em terceiro e quarto, respectivamente, nas eleições, Bolsonaro não fechou as portas para a possibilidade de conversas, mas não antecipou.

O que Bolsonaro disse sobre o resultado do 1º turno e as pesquisas
O presidente não respondeu a um questionamento da imprensa se estava feliz com o resultado do primeiro turno e optou por criticar as últimas pesquisas. “Isso influencia em votos? Sim, influencia. Tem gente que vota em quem está na frente para ver se não tem segundo turno para não ter que votar de novo, isso acontece. A pesquisa influencia sim, [mas] não como antigamente”, declarou.

Para o segundo turno, ele demonstrou “confiança total” na vitória. “Até porque eu acho que se desmoralizou de vez os institutos de pesquisa”, disse. Bolsonaro acredita que, no segundo turno, institutos de pesquisa “não vão continuar fazendo pesquisa”.

O que Bolsonaro falou sobre as urnas eletrônicas e ministros do STF

Sobre as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral, Bolsonaro evitou críticas e não questionou o resultado das eleições. Disse estar no aguardo do “parecer” do Ministério da Defesa. Ele citou que as Forças Armadas estiveram presentes na “sala cofre” da apuração e lembrou que os militares foram convidados a participar da Comissão de Transparência Eleitoral. “Fica a cargo do ministro da Defesa [general Paulo Sérgio Nogueira] tratar do assunto”, declarou.

Embora não tenha questionado o resultado, Bolsonaro citou, porém, que as urnas não são invioláveis. “Qualquer lugar do mundo que esse sistema nosso não é 100% blindado, então, sempre existe a possibilidade de algo anormal acontecer num sistema totalmente informatizado”, disse. “Agora, eu acho que todo mundo tem certeza que essas máquinas, esses equipamentos e as pessoas que as operam, não existe sistema 100% imune”, afirmou em outro momento.

Bolsonaro disse ter conversado com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, para apresentar a urna eletrônica usada no país, mas acusou o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, de ter obstruído. “Não foi possível porque o ministro Barroso foi para a Câmara, conversou com uma dezena de líderes, e no dia seguinte resolveram trocar seus liderados na comissão que analisava o voto impresso”, afirmou.

O presidente também fez críticas a Alexandre de Moraes ao lembrar o convite da posse do magistrado à presidência do TSE. “Qual o gesto que ele fez de aproximação? Ele me convidou para a posse e fez um discurso pesado. Acho que, se não me dou bem contigo, não tenho que te convidar para um evento meu”, comentou.

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