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Convenção do PL: Bolsonaro exalta feitos do governo, faz afago a Arthur Lira e explora contraponto com Lula

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Foto: reprodução

O presidente Jair Bolsonaro foi confirmado neste domingo, 24, como candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL), durante Convenção Nacional no Rio de Janeiro. Ao lado dele, o general Walter Braga Netto , ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, foi apresentado como vice, fechando a chapa da legenda rumo à reeleição. Antes de iniciar seu discurso, o presidente citou uma passagem bíblica que menciona que “o coração do seu marido está nela [esposa] confiado”, chamando a primeira-dama Michelle Bolsonaro a falar. “Obrigada pelo apoio, pelas orações, por todos que rezam por nós, que mentalizam coisas boas ao nosso respeito. Deus é muito bom e não tem sido fácil ultimamente”, iniciou Michelle, sendo ovacionada pelos apoiadores. Ela falou sobre projeto para a nação, patriotismo e lembrou dificuldades. “Foi a preço de sangue estar aqui”, afirmou, dizendo que Deus tem uma promessa para o Brasil. “Não temas, ele é o escolhido de Deus.”

Em seguida, Bolsonaro iniciou seu discurso agradecendo pela sua segunda vida, com missão de ser presidente do Brasil. “Todos os dias quando me levanto, tenho quase uma rotina e nessa passagem eu dobro meus joelhos, rezo um pai nosso e peço a Deus que esse povo brasileiro, nunca sentir as dores do comunismo”, afirmou, sendo interrompido pelo coro dos participantes, que gritavam “mito, mito, mito” e “a nossa bandeira nunca será vermelha”. “Peço também a ele a mais sabedoria, peço força para resistir e coragem para prosseguir. E estou sendo atendido”, continuou, lembrando ações do governo ao longo do mandato, como a transposição do Rio São Francisco, a tecnologia 5G, limite do ICMS sobre os combustíveis e políticas públicas e investimentos feitos na área social, como o Auxílio Brasil e os novos benefícios aprovados com a PEC das Bondades. “Tenho certeza, teremos deflação no corrente mês. Eu sei que a figura mais importante hoje sou eu, se fosse Arthur Lira não teríamos chegado a esse ponto. Obrigada Lira, obrigada deputados e senadores. É um trabalho em conjunto.”

Em outro momento, o presidente também falou sobre obras inacabadas por governos anteriores, corrupção na Petrobras e uma “série de problemas éticos, morais e econômicos” enfrentados. “Formar ministério não foi fácil, muita gente queria que os ministérios fossem formado a exemplo de outros governos. Conseguimos com a coragem e força formar um time de ministro, vocês conhecem os senadores e os deputados. Hoje, vocês sabem também o que é Supremo Tribunal Federal”, exaltou, sendo interrompido por vaias dos apoiadores, que faziam sinais negativos e gritavam: “Supremo é o povo”. “O posso povo tem conhecimento, sabe pelo que deve lutar. O poder emana do povo se o povo bem escolher os seus representantes”, disse Bolsonaro, sem citar nomes. “Não tem jeitinho no nosso governo. Três anos e meio sem corrupção e se aparecer, vamos colaborar nas investigações. Tivemos a CPI da Covid-19, qual a conclusão? Não acharam nada.”

Na sequência, o chefe do Executivo fez menções diretas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sob coro de seus apoiadores, que gritavam “Lula ladrão, Bolsonaro é a solução”, o presidente fez comparações com o petista, seu principal oponente nas eleições 2022, segundo as pesquisas. “Esse mesmo cara que quer legalizar o aborto no Brasil, quer legalizar as drogas no Brasil, será que esse cara sabe quanto sofre uma mãe quando um filho se entrega às drogas. Será que sabe o sofrimento dessa mãe? Esse mesmo cara, que em decreto de 2019, além de querer a desconstrução da heteronormatividade, criou o que chama de ideologia de gênero, emboscar os nossos filhos e netos a partir dos 5 anos para estimular ao sexo. Isso não é papel de alguém que quer o bem de seu povo. Não teria adjetivo para qualificá-lo nesse momento, quem sabe em um debate”, reforçou. Entre os políticos e personalidades presentes estavam Tereza Cristina, Sóstenes Cavalcante, Arthur Lira, Fabio Faria, Eduardo Gomes, João Roma, Ricardo Barros, Ciro Nogueira, Heinze, Flavio Bolsonaro, Frederick Wassef, Claudio Castro, Tarcísio Gomes de Freitas e Carla Zambelli. (Jovem Pan)

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