Por Magno Martins
Louco para censurar a mídia, tentativa do PT fracassada no Governo Dilma, o ex-presidente Lula encontrou uma maneira esperta e malandra de enganar a população quando trata do assunto. Numa entrevista a uma emissora mineira, ontem, ele disse que é necessário regular. “Precisamos ter consciência de que é preciso regular, mas quem vai regular é o povo, não eu”, afirmou, de forma escorregadia.
E acrescentou: “Isso vai ter que ser um debate que você vai participar, vão participar os caras da Globo, vão participar os caras da Record. Não queremos regulação que interesse ao presidente, mas sim à sociedade brasileira”. É muito cinismo e cara de pau desse cretino! Ele quer, sim, calar a Imprensa, censurar a liberdade de expressão, caso seja eleito.
Na entrevista, ele disse não se tratar de “censura prévia”, mas o que é isso então? É mais do que censura e ele assume quando diz: “A intenção é “efetivamente democratizar os meios de comunicação” e proibir que a imprensa digitalizada sirva como “uma base de construção de mentiras”. “Não quero ser manipulado por um computador, não quero me transformar em algoritmo. Nós queremos continuar sendo seres humanos, com sentimentos, afetos, solidariedade”.
Segundo o ex-presidente, é preciso impedir que os veículos de comunicação e redes sociais sejam usados para espalhar inverdades e ofensas. “O dono do Instagram não pode fazer o que ele quer, não pode ser um retransmissor de mentira porque ele quer ganhar dinheiro. Precisa respeitar as leis e não pode permitir que mentiras, inverdades, grosserias e ofensas façam parte da cultura brasileira. É isso que precisa ser regulado”, disse.
Está muito claro que, em um eventual governo petista, o brasileiro não terá liberdade nas suas redes sociais, conforme assume a alma mais honesta do planeta.
É muita cara de pau – O tema é recorrente em discursos de Lula. Até fevereiro, o petista já havia mencionado a questão ao menos nove vezes depois de ter saído da prisão, no fim de 2019. As falas de Lula já foram usadas por seus adversários políticos como munição contra seus intuitos eleitorais. O presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, já disse que eventual regulação da mídia é uma ameaça à liberdade de expressão. O texto das diretrizes programáticas de pré-campanha de Lula, conhecido na segunda-feira passada, tangencia a questão sem mencioná-la explicitamente.