Ideia vem sendo defendida por delegados de polícia
Do JC Online / Foto: Reprodução
Questionado sobre o posicionamento da Associação dos Delegados de Pernambuco (Adeppe) da necessidade de extinguir a Secretaria de Defesa Social (SDS), o governador Paulo Câmara classificou a ideia como “descabida”. Durante encontro com o ex-cortador de cana e recém-formado médico Jonas Lopes da Silva, 30 anos, nesta quarta, no Palácio do Campo das Princesas, o gestor afirmou apenas que “o trabalho continua”.
Em entrevista ao Jornal do Commercio, publicada nesta quarta, o presidente da Adeppe, Francisco Rodrigues, declarou que “falta gestão para reduzir a violência em Pernambuco”. Defendeu a extinção da SDS como forma de melhorar os índices de violência e otimizar os gastos do governo. Somente nos cinco primeiros meses deste ano, 1.731 homicídios foram registrados em Pernambuco.
Levantamento realizado pela Adeppe e publicado na última edição do jornal da entidade indica que dos R$ 3,2 bilhões previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias para este ano, 37,8%, ou R$ 1,235 bilhão, é para administração da SDS. “A cada ano que passa os números da violência estão crescendo e a capacidade técnica e estrutural da Polícia Civil, diminuindo. O orçamento da pasta aumenta todo ano. Ora, se aumenta por que é que a nossa estrutura diminui?”, questiona Francisco na matéria.
A SDS se limitou a mandar nota, afirmando que dos R$ 140,9 milhões recebidos em abril, só 0,19% foi para pagamento de sua folha de pessoal. O restante seria para os demais órgãos da polícia.