Por Diego Lagedo
O caso do homicídio da menina Beatriz Mota, que ocorreu em Petrolina no ano de 2015, continua causando dúvidas na sociedade pernambucana. O principal questionamento, que também é feito pela família da menina, é por que o Governo de Pernambuco só solucionou o caso de maneira repentina após a mãe de Beatriz andar de Petrolina até o Recife como forma de protesto.
Para responder aos diversos questionamentos, um grupo de deputados estaduais de Pernambuco está coletando as assinaturas necessárias para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Até o momento, 12 deputados já assinaram a abertura da CPI, mas são necessárias 17 assinaturas.
Entretanto, o Governo Paulo Câmara está fazendo uma forte oposição à abertura da CPI e prefere que o caso seja esquecido pela mídia. O líder do Governo na Alepe, Isaltino Nascimento (PSB), fez um apelo para que os deputados da base do governo não assinem o pedido de abertura da CPI. Segundo ele, “o governo já fez o que era para ser feito”.
Ao contrário do governo, a mãe de Beatriz se manifestou a favor da abertura da CPI: “A CPI pode esclarecer as nossas dúvidas. A gente sabe que Marcelo é o assassino de Beatriz, mas quem estava escondendo ele esses anos todos? Ele estava no banco de DNA desde 2018 ou 2019, então eles precisam responder. Quem tolera a impunidade, é cúmplice da criminalidade”, disse Lucinha Mota.
Como diz o ditado, quem não deve não teme. O que a gestão do governador Paulo Câmara pretende esconder?