A eleição para o Governo de Pernambuco em 2022 pode marcar uma reviravolta na política pernambucana. Enquanto o PSB não consegue definir quem será o seu candidato dentre cinco possíveis nomes, a oposição já colocou o bloco na rua e percorreu todo o estado com uma pré-campanha forte.
Dentre os pré-candidatos de oposição, o prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, tem a vantagem de presidir o partido do presidente Jair Bolsonaro em Pernambuco, o PL. Essa condição pode impulsionar seu nome no próximo ano, pois o presidente da República tem uma militância orgânica forte no estado e conta com uma grande parcela do eleitorado. Anderson também administra o segundo maior colégio eleitoral de Pernambuco, o que lhe garante uma grande força na Região Metropolitana do Recife.
Já o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), foi o pré-candidato de oposição que mais percorreu os municípios pernambucanos. Essa movimentação lhe trouxe uma grande vantagem, pois ele conseguiu garantir o apoio de 38 prefeitos em todo o estado. Miguel também é líder incontestável no Sertão, região em que, historicamente, a oposição tem dificuldade para receber votos. Além disso, o seu partido, o DEM, deve se fundir com o PSL para formar o União Brasil, que garantirá a Miguel um grande tempo de televisão e rádio além de recursos para a campanha.
A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), conquistou uma boa vantagem ao sair na frente nas primeiras pesquisas eleitorais. Isso se deve à forte liderança que Caruaru tem no Agreste de Pernambuco. Junto com Anderson, Raquel também percorreu as principais cidades do estado com o movimento Levanta Pernambuco, o que ampliou ainda mais o seu nome.
Os números já colocam a oposição em condição de favoritismo no próximo ano, mas o PSB ainda domina a máquina do estado. Para vencer, é preciso que o bloco oposicionista atue com uma forte sinergia, seja com uma ou com duas candidaturas, pois os socialistas farão de tudo para permanecer no poder.