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Líder do PT defende Renan e diz não ver crime em gravação

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altDiferentemente dos diálogos de Jucá com Sérgio Machado, gravação não ‘tem nada de mais’, afirma o senador Paulo Rocha.

Agência O Globo / Foto: Divulgação

BRASÍLIA – Diferente do bombardeio feito à gravação da conversa do ex-ministro Romero Jucá (PMDB-RR), o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), disse que não há nada de mais na conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os tucanos, por sua vez, criticaram as gravações.

Para o líder petista, cabe ao presidente do Senado conversar com presidentes de outros poderes para definir caminhos para o país, e faz parte de suas atribuições melhorar a legislação, como o caso da lei do impeachment.

— Diferente da outra gravação com Jucá, não há crime nenhum na conversa do presidente Renan Calheiros. Ele já tinha falado em entrevista sobre a necessidade de melhorar a legislação, como a caduca lei do impeachment, de 1950. É uma responsabilidade dele, como presidente do Congresso, adaptar a legislação em função do momento político. Não tem a gravidade da conversa do Jucá — defendeu o líder do PT, senador Paulo Rocha.

— Nenhuma autoridade pode conversar com a outra. Isso é fruto da não reforma política, do financiamento de campanha, a coisa mal resolvida entre o público e o privado – disse Paulo Rocha.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entender que o conteúdo dito por Renan é menos grave do que Jucá.

— É menos grave que o que foi dito pelo senador Romero Jucá, embora revela a intenção e o incômodo com o que está assegurando o sucesso da Lava-Jato, que são as colaborações premiadas. O que Jucá disse foi diferente, foi a intenção política de agir claramente contra a Lava-Jato. Há ali ameaças a democracia, quando ele diz que conversou com comandantes militares sobre atuação do MST, por exemplo — disse Randolfe.

A ideia de restringir o uso da delação premiada citada pelo presidente do Senado também é defendida pelo PT e objeto de projetos que criminalizam o vazamento de trechos das colaborações. De autoria do deputado Wadih Damous (RJ), um deles prevê a necessidade de homologação das delações apenas nos casos de acusados ou indiciados que respondam a processo em liberdade.

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