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Ex-mulher de desembargador do TJPE denuncia agressões após anos de união e casamento

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Foto: reprodução

Foto: Reprodução/G1

A dona de casa Silvânia Maria Dias da Silva, de 42 anos, relata agressões, perseguições e estupros durante mais de 20 anos de relacionamento com o ex-marido, o desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) Évio Marques da Silva. O caso veio à tona nesta sexta-feira (17), quando Silvânia deu entrevista a TV Globo após ser encorajada pelo caso semelhante denunciado pela economista aposentada, Maria Eduarda de Carvalho contra o ex-marido Pedro Eurico, ex-secretário de justiça de Pernambuco.

A ex-esposa do desembargador, Silvânia, disse que Évio a pegava a força, bêbado, para manter relações sexuais na sala. Silvânia disse que Évio batia a cabeça dela, subia nela. Disse também que quando as crianças nasceram, ele mandava elas descerem para não assistir às agressões.

O casamento ocorreu em 2013, mas Silvânia confirma 25 anos de relacionamento iniciado na adolescência por volta dos 15 anos, enquanto ele tinha 38 e muitos deles de violência. A primeira queixa ocorreu em fevereiro de 2020, época da separação.

Por questões financeiras, Silvania disse que sustentou a relação com o desembargador Évio Marques da Silva porque também ajudava financeiramente a mãe.

Silvânia entregou para a TV Globo fotos que seriam de Évio deixando explicado que estava vigiando tudo. Situação que assutava também o empresário Amilton Eduardo Francisco, que conviveu com o casal e tinha acesso à casa e veículos da família com autorização do desembargador. O advogado Silvânia, José Cahu de Carvalho Neto, disse que é muito difícil conseguir sair de uma situação onde existe dependência emocional e financeira.

Por causa da chamada prerrogativa de foro, pelo cargo de desembargador que Évio Marques da Silva ocupa, o caso foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. E segue em investigação.

Por nota, o advogado João Olímpio, que representa o desembargador Évio Marques da Silva, afirma que ele enfrenta um processo litigioso de divórcio há quase dois anos. Na nota, o criminalista diz que, pelo sigilo imposto à causa, “se reserva no dever de preservar a privacidade do conflito familiar” e que “durante todo esse tempo não há novas acusações”.

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