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Pressionado, Paulo Câmara dá start na discussão do candidato a sua sucessão

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Foto: divulgação

Por Magno Martins

Ao ser a ausência mais lembrada na convenção do PSB que reelegeu Sileno Guedes para mais um mandato na presidência do diretório estadual, domingo passado, Geraldo Júlio deixou o governador Paulo Câmara, condutor do processo da sucessão do seu mandato dentro da Frente Popular, bem à vontade para recuperar o tempo e os espaços perdidos para a oposição com a espera de um sinal positivo do ex-prefeito.

Pressionado pelos líderes da base, o governador deu o start da discussão do candidato. A princípio, três nomes estariam na mesa de negociação: os deputados federais Tadeu Alencar e Danilo Cabral, e o secretário da Casa Civil, Zé Neto. Fernanda Batista, secretária de Infraestrutura, ainda é lembrada, mas os mais experts em política não acreditam que venha ter chance pela falta de tradição política, pelos laços com Geraldo e por não ter respaldo na bancada federal.

Pelo que ouvi e sondei, Geraldo está, definitivamente, fora da disputa. E não será nem de longe ternurado, como esperava. A começar por Paulo Câmara, nenhuma liderança socialista destacada se referiu ao ex-prefeito recifense em seus discursos na convenção. Bastante aplaudido, Tadeu Alencar foi o mais explícito. Sugeriu que o partido corresse contra o tempo, para que não haja mais dificuldades na recomposição do que já virou pó pelo Interior.

Na eleição de 2014, Tadeu era, nos bastidores, o nome mais cogitado, até porque estava agregado a cozinha de Eduardo Campos, com ligação familiar. Na Casa Civil, atendia a todos sem distinção, retornava ligações, não deixava pendências, estilo também do atual chefe do posto Zé Neto, quadro da mais absoluta confiança do governador, queridinho entre os deputados governistas na Assembleia Legislativa.

Líder do PSB na Câmara dos Deputados, Danilo Cabral voltou a ter seu nome ventilado no rádio-corredor do Palácio das Princesas. Articulado, com forte base no Interior e de família tradicional na política estadual, Cabral preenche os requisitos exigidos de gestão: foi secretário de Educação de Planejamento, conhece a realidade econômica e social do Estado. Só não é tão palatável na bancada federal nem também na Assembleia.

O fim de ano do governador não será apenas de comemorações natalinas, mas, principalmente, de articulações políticas. O tempo urge e ele precisa dar uma demonstração pública de que aprendeu a xadrez através do seu guru Eduardo Campos.

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