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Sinalização de Paulo Câmara a Humberto Costa mostra incapacidade de condução da sua sucessão

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Foto: reprodução

Por Magno Martins

Com uma convenção esvaziada, sem a presença do pré-candidato a governador que seria natural, o ex-prefeito do Recife, Geraldo Júlio, o PSB passou, hoje, a mais notória e profunda divisão da sua história desde 2002, quando teve que recorrer a Humberto Barradas, ex-prefeito de Jaboatão, para disputar o Governo do Estado.

Barradas desistiu da disputa 15 dias após ser indicado e Dilton da Conti, ex-presidente da Chesf, quadro da mais absoluta confiança do ex-governador Miguel Arraes, acabou escolhido como “Cristo”. Teve um resultado tão pífio que ficou com vergonha de aparecer em público por muito tempo.

Com o PSB rachado, Paulo Câmara não consegue reunir sequer a bancada estadual nem a federal sob seu comando e, com isso, nenhum nome qualificado do partido aceita ser candidato a governador. Em contrapartida, os dirigentes do PSB não aceitam um nome de fora do partido. O impasse imobiliza a Frente Popular, que pode entregar para os adversários a eleição mais fácil dos últimos 20 anos, segundo socialistas ouvidos em segredo pelo Blog.

A sinalização do governador ao senador Humberto Costa, principal liderança do PT no Estado, tem sido encarada pelo reinado socialista como exemplo da incapacidade de Paulo Câmara de conduzir a sua sucessão. Segundo um dos socialistas ouvidos, se o governador passar o bastão ao PCdoB e indicar Humberto candidato a governador para sair ao Senado, será consagrado com o carimbo do maior Judas da história do PSB. Mais do que isso: fará com que Arraes e Eduardo Campos se remexam em seus túmulos.

“Os problemas da oposição são pequenos diante do que acontecendo no PSB conduzido pelo trapalhão Paulo Câmara”, diz esta mesma fonte socialista, em reserva.

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