Inicialmente, proposta defendida pelo governador interino do Rio, Francisco Dornelles, era de moratória de dois anos.
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RIO – Governadores que iniciaram a conversa sobre a renegociação da dívida dos estados com a União já começaram a ceder a ponderações da equipe econômica do presidente interino, Michel Temer. Embora nenhuma reunião formal tenha sido realizada desde a posse do novo governo na semana passada, já há governadores que admitem uma carência menor do que a exigida. Principal defensor da ideia, o governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, já fala em um perdão de 12 meses, em vez dos dois anos demandados originalmente.
Segundo o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, essa teria sido uma contraproposta feita por Meirelles, durante um encontro informal na semana passada. Na manhã desta terça-feira, no entanto, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, descartou a medida, afirmando que “não há moratória”.
— Deveríamos ter uma moratória, uma carência de 12 meses — afirmou Dornelles na tarde desta terça, durante o Fórum Nacional, na sede do BNDES, no Rio.
Dornelles acrescentou que o período de 60 dias – prazo dentro do qual o STF voltará a discutir a questão da dívida dos estados – é insuficiente para avançar nas negociações. Por isso defende uma carência maior.
— Não adianta achar que vamos discutir em dois meses com a União, porque não vamos mesmo. Quem participou de outras negociações sabe disso — destacou Dornelles.