Em entrevista a uma emissora de rádio nesta sexta-feira (19), o ex-senador Armando Monteiro (PSDB), voltou a comentar o relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), divulgado esta semana, que apontou 1.754 obras inacabadas ou paralisadas. Para Armando, o povo é o mais prejudicado pelo que considerou inépcia administrativa, má gestão e falta de planejamento por parte do Governo do Estado.
Armando citou obras que foram iniciadas ainda na década passada, como os corredores de BRT na Região Metropolitana, o Hospital da Mulher de Caruaru, o projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe e as barragens para contenção das enchentes na Mata Sul. “Quando as obras se arrastam ao longo do tempo, a população não tem qualquer retorno de benefício”, afirmou o ex-senador.
Outra questão que Armando cobrou foi o estabelecimento de um plano concreto para a retomada e finalização das obras. “A sociedade, a Assembleia Legislativa e a classe política devem se unir em um mutirão no sentido de garantir a retomada das obras e a priorização, de onde virão os recursos. É lamentável esse quadro.”
Na opinião de Armando, a sociedade pernambucana deve cobrar punição pelo “prejuízo incalculável de recursos públicos e de benefícios à população do Estado. Não é possível que tanta incompetência possa se dar sem uma punição.”
Armando ainda lembrou que, mesmo que as obras sejam retomadas, o prejuízo já está posto. “Digamos que uma obra que tenha custado R$ 100 milhões inicialmente. Com a inflação acumulada, os custos se elevarão, podendo até dobrar. É um grande desperdício de recursos públicos.”
O ex-senador ainda criticou o anúncio de um plano de retomada ao final do mandato do governador Paulo Câmara (PSB). “Considero inédito um governo anunciar um plano de retomada para o seu último ano, no final do seu período administrativo”, finalizou.