Folha de São Paulo
Após 15 horas de sessão, 40 senadores se manifestaram a favor da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em termos de votos, será o suficiente para a admissibilidade do caso e o afastamento da petista por até 180 dias.
O 40º discurso foi do senador Roberto Rocha (PSB-MA) às 3h.
Basta o apoio da maioria simples (metade mais um) dos presentes em plenário para que a petista seja afastada e julgada por crime de responsabilidade. Com a ausência anunciada de três senadores, a previsão é que 78 senadores estejam presentes na hora da votação –ou seja, 40 votos já confirmam a continuidade do processo.
Estão confirmadas as faltas dos senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), de licença, Jader Barbalho (PMDB-PA), em tratamento médico, e de Pedro Chaves (PSC-MS), suplente do de Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), cassado na última terça.
A previsão é que a votação ocorra entre as 5h e as 7h desta quinta, depois que todos os 70 inscritos discursarem, além da manifestação da defesa de Dilma, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, e do relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG).
Levantamento feito pela Folha aponta que pelo menos 53 votarão contra Dilma.
Dilma é acusada de editar decretos de créditos suplementares sem aval do Congresso e de usar verba de bancos federais em programas do Tesouro, as chamadas “pedaladas fiscais”. Sua defesa entende que não há elementos para o afastamento.