As especulações sobre uma possível entrada do presidente Jair Bolsonaro no PP ganharam força nesta terça-feira (05). Nacionalmente, a sigla é comandada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Mas, em Pernambuco o partido é presidido pelo deputado federal Eduardo da Fonte (PP).
O Blog Cenário entrou em contato com o parlamentar pernambucano para saber o que muda no estado com a entrada do chefe do Planalto na legenda. De acordo com Dudu, a sigla manterá a autonomia.
“A gente, em Pernambuco, é diretório eleito, não é comissão provisória. E, inclusive, eu fui reeleito e estou reconduzido por mais dois anos. Então isso dá autonomia a gente de tomar qualquer posição no Estado”, disse o parlamentar.
Apesar de contar com maioria de políticos conservadores, em Pernambuco o Progressistas mantém uma relação com a Frente Popular, que sonha com uma aliança com o PT de Lula. Inclusive, na última visita do ex-presidente ao Recife, Dudu fez questão de participar de um encontro com o petista.
Procuramos outras fontes progressistas para saber como estão os bastidores no estado. Uma delas informou que dentro do partido o sentimento é de que a entrada de Bolsonaro vai fortalecer a sigla, podendo atrair muitos pré-candidatos, mas, que apesar disso, o diretório estadual não pretende fazer compromisso de deixar a Frente Popular.
O PP detém a segunda maior bancada na Alepe e também na Câmara do Recife. Eduardo é cotado para disputar uma vaga no Senado Federal em 2022. Existe uma disputa silenciosa pela vaga, envolvendo também os deputados federais Silvio Costa Filho (Republicanos) e André de Paula (PSD), todos eles presidentes dos seus respectivos partidos.
