Início Notícias Grande parte do restante da Caatinga de Pernambuco será desmatada por conta...

Grande parte do restante da Caatinga de Pernambuco será desmatada por conta da Transposição do São Francisco

648
alt

altEstado já solicitou aprovação do desmatamento da área entre Sertânia e Arcoverde

Por Priscilla Costa / Folha de Pernambuco

Um território equivalente a 240 campos de futebol. Essa é a área de Caatinga a ser desmatada, entre os municípios de Sertânia e Arcoverde, no Sertão pernambucano, para dar lugar às obras do Sistema Adutor do Ramal do Agreste, integrante do projeto de transposição do rio São Francisco. O Governo do Estado solicitou à Alepe a autorização para suprimir 240,56 hectares da vegetação de preservação permanente (APP), o que, aos olhos de ambientalistas, só reafirma a falta de preocupação da gestão com a preservação do meio ambiente. No Nordeste, Pernambuco ocupa o 3º lugar em desmatamento de Caatinga, conforme a Associação Pernambucana de Defesa da Natureza (Aspan). Dados do Ministério do Meio Ambiente apontam que a devastação da área do bioma chega a 46% no País.

A diretora-presidente da CPRH, Simone Souza, esclareceu que o envio de um Projeto de Lei requerendo a supressão de vegetação é parte prevista em lei do trâmite ambiental e foi requisitada pelo ministério ao órgão em 2015. “Mas vale lembrar que não cabe à CPRH deliberar sobre a supressão, e sim, à Alepe ”, afirmou. A instituição explicou que a primeira etapa do processo ambiental foi concluída em 2010, quando o ministério obteve a Licença Prévia. À Folha de Pernambu­­co, o Ministério de Integração Nacional afirmou que irá compensar 243,52 hectares de áreas de preservação no entorno de três reservatórios de água: Campos, Negros e Ipojuca, localizados nos municípios de Sertânia e Arcoverde.

Estado quer barrar PEC 65

Em contrapartida ao desmatamento da área de Caatinga, a gestão estadual sinalizou uma ação positiva em relação ao meio ambiente. A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado está em articulação com a Associação Brasileira de Entidades de Meio Ambiente (Abema) para, junto a outros governos estaduais, evitar que a PEC 65 avance.

Na prática, essa medida faz com que o processo de licenciamento ambiental, que analisa a viabilidade de um empreendimento a partir dos impactos socioambientais, deixe de existir. A proposta ainda precisa ser votada em dois turnos pelo Plenário do Senado para entrar em vigor.

alt

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here