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Votorantim Energia e Instituto Votorantim anunciam iniciativas aprovadas para última etapa do LabÁgua

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Foto: reprodução

LabÁgua, programa de inovação da Votorantim Energia e Instituto Votorantim com o objetivo de buscar soluções para a escassez de água no semiárido brasileiro, anuncia os projetos aprovados para receber o capital semente e validar as soluções em campo. São eles: GeoGO (Brasília, DF), SDW (Salvador, BA), Versati (Campinas, SP) e o Instituto Nacional do Semiárido – INSA (Campina Grande, PB).

Essas organizações integram as 20 selecionadas para a primeira edição do LabÁgua. Todas foram aceleradas nos últimos dois meses, em uma programação focada em seu desenvolvimento e adaptabilidade ao território, sob mentoria de especialistas convidados e da própria companhia. Os projetos – provenientes de 12 estados, do Distrito Federal e do exterior – pleitearam a seleção com MVPs (mínimo produto viável) validados ou em fase de validação.

O tema do LabÁgua se debruça sobre um problema secular com que vivem os moradores da Serra do Inácio, no sertão piauiense e pernambucano. “Desde que iniciamos nossa atuação na região, em 2016, buscamos desenvolver e apoiar ações que levem qualidade de vida à população, unindo o desenvolvimento socioeconômico à preservação do meio ambiente. Com parceria do Instituto Votorantim, criamos um programa inovador que integra outro agente nesse contexto: a própria comunidade, que participará dessa etapa final, de prototipagem, ajudando a ampliar as condições de replicabilidade em outros territórios”, diz Rômulo Vieira, diretor corporativo da Votorantim Energia.

A etapa de teste em campo ocorrerá nos seis municípios que integram a região da Serra do Inácio. Os empreendedores contarão com capital semente de até R$ 230 mil, distribuídos de acordo com as necessidades de cada um dos quatro aprovados. O início do trabalho está previsto para novembro de 2021.

A relevância do programa fica ainda mais evidente em razão da escassez de chuva observada nos últimos meses e a preocupante situação hídrica em diversas regiões do Brasil. “O ecossistema de água e saneamento não é tão maduro no país quanto outros, como healthtechs ou fintechs. Nosso objetivo é impulsionar soluções realmente inovadoras e de impacto de curto e longo prazos, que possam ser instaladas em vários territórios. Acreditamos que o uso de novas tecnologias é um caminho exitoso para enfrentar esse problema. Se queremos resultados diferentes, precisamos tentar alternativas diferentes”, afirma Juliana Mitkiewicz, responsável por Inovação e P&D no Instituto Votorantim.

Sobre os projetos aprovados:

  • GeoGO, de Brasília (DF): desenvolve soluções tecnológicas baseadas na natureza, voltadas à recarga gerenciada de aquíferos, aplicável em região semiárida para diversos sistemas produtivos, incluindo ambientes rurais e urbanos. Segue a premissa de custo mínimo e sinergia com as atividades econômicas, insumos e mão-de-obra local, buscando sustentabilidade da solução e autonomia dos beneficiários. O projeto acelerado no LabÁgua propõe utilizar as torres de eólicas da Votorantim Energia para captar água de chuva para consumo da população e excedente destinado ao aquífero. O projeto piloto vai se basear em uma das torres de aerogeradores e deverá captar 400 mil litros de água, o suficiente para abastecer 45 pessoas por três meses. A instalação leva de sete a dez dias.
  • SDW, de Salvador (BA): propõe solucionar a escassez de água por meio de tecnologia que permite a potabilidade da água. O projeto acelerado é o Aqualuz, purificador de água em formato de bandeja metálica, protegida por um tampo de vidro, que utiliza o SODIS, método de desinfecção a partir da luz solar. O processo purifica a água para consumo humano. O dispositivo de bombeamento manual de água é conectado às cisternas das casas. A tecnologia entregue pela SDW tem durabilidade de 20 anos. O projeto piloto propõe a instalação de 20 unidades na Serra do Inácio para impactar de 60 a 100 pessoas. Além do aparelho, a SDW realiza um curso de formação socioambiental com os moradores e monitoramento do projeto. O cronograma de atuação prevê dois meses de trabalho da equipe.
  • Instituto Nacional do Semiárido – INSA, de Campina Grande (PB): solução sustentável de esgotamento sanitário rural (economia de água e sem fertilizantes químicos), com produção de água de reuso para irrigação eficiente na agricultura familiar, promovendo o incremento na renda das famílias e na saúde pública preventiva. A solução SARA – Saneamento Ambiental e Reuso de Água, integra a coleta e o tratamento de esgoto ao reuso de água e de nutrientes por meio de um ciclo virtuoso de desenvolvimento sustentável, baseado na melhoria da saúde da população rural, conservação dos recursos hídricos e ambientais, aumentos da produção agrícola e renda dos agricultores. A prototipação, junto a cinco famílias, será feita em dois meses.
  • Versati, de Campinas (SP): propõe a melhoria da saúde e qualidade de vida das famílias rurais com acesso econômico e permanente à água purificada e baixo custo de implementação. O Purafiltra é o único purificador microbiológico de água para o consumo humano, no uso doméstico, com tecnologia de ultrafiltração e certificado pelo INMETRO. Proporciona água de qualidade ao custo de R$ 0,12 por 20 litros e sem quaisquer custos com instalação hidráulica, manutenção, trocas de refis, adição de produtos químicos ou eletricidade.

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