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Supremo inclui Pasadena em inquérito sobre organização criminosa na Lava Jato

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altTeori Zavascki determina inserir em inquérito trechos da delação de Delcídio.

Folha de São Paulo / Foto: Divulgação

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki determinou nesta sexta-feira (29) que trechos da delação do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) sobre a compra da refinaria de Pasadena sejam inseridos no inquérito que apura a existência de uma organização criminosa na Petrobras.

Em sua colaboração, o parlamentar admitiu que recebeu propina de US$ 1 milhão decorrente da compra irregular da Refinaria de Pasadena, adquirida pela Petrobras em 2006.

Ex-líder do governo, Delcídio também levanta a suspeita de que a presidente Dilma Rousseff, na época presidente do Conselho de Administração da Petrobras, deveria saber dos problemas nessa operação. Mas não foram anexadas provas além do depoimento dele para comprovar a afirmação.

O senador disse que soube que a aquisição de Pasadena rendeu propinas no valor de US$ 15 milhões a funcionários da Petrobras e que pediu a propina aos ex-diretores Nestor Cerveró e Paulo Duque para pagar dívidas da campanha a governador do Mato Grosso do Sul em 2006, na qual foi derrotado.

Este inquérito é o principal da Lava Jato que tramita no Supremo porque investiga a relação de 39 políticos na formação de uma organização criminosa que teria atuado no esquema de corrupção da Petrobras.

A decisão de Teori atende a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e não significa que os citados se tornam formalmente investigados no inquérito, o que dependerá do andamento da apuração.

Mas é uma etapa inicial que pode acarretar na investigação da relação deles com a formação de um esquema criminoso na Petrobras. Para a Procuradoria, as citações feitas por Delcídio complementam a narrativa da atuação do núcleo político que teria ligações com os desvios na estatal.

Na semana passada, o ministro também pediu que fossem inseridos no chamado inquérito do quadrilhão referências eitas a Dilma, ao ex-presidente Lula e ao vice-presidente Michel Temer pelo senador em sua delação premiada. 

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